Presentation
Abstract
Fabiana Braga Silva
Editora-Chefe
Albert Einstein, nobel de física em 1922, teve sua vida marcada por duas guerras mundiais, crise financeira com a Grande Depressão (crise da bolsa de Nova Iorque em 1929), crise moral com nazifascismo em ascensão. Neste contexto, Einstein traduziu de forma clara e objetiva sobre o que é viver “crises”. Convido a ler sua breve reflexão:
Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Em tempos de tantas incertezas, nos impactamos com a realidade mundial e nacional ainda em curso, causada por uma pandemia sem precedentes, porém neste momento de crise, a importância da colaboração científica fica ainda mais evidente.
Assim, a revista avança na agenda de pesquisas sobre as polícias no contexto brasileiro e, agora sob nova direção editorial, dando continuidade à temática da Segurança Pública através de artigos científicos elaborados por integrantes do Sistema de Segurança Pública e pesquisadores da área.
Nesta edição, a Revista Ciência e Polícia apresenta ao leitor dois dos trabalhos acadêmicos apresentados no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais da PMDF e traz ainda outros três importantes artigos que, com certeza, irão contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos que são desenvolvidos no âmbito do sistema de segurança pública.
No primeiro artigo que compõe esta edição da RCP, o autor propõe uma análise da implantação da Criminalística na PMDF como meio de produção de provas em processos administrativos e judiciais castrenses, mostrando as dificuldades institucionais, e as consequências positivas trazidas às investigações militares. Neste estudo, Guilherme Moraes de Carvalho busca demonstrar a importância da realização de perícia criminal militar, por peritos da própria PMDF. Para tanto, a pesquisa desenvolvida é de base bibliográfica e documental.
Passando adiante, Deroci Barbosa Ximendes Júnior busca, através de pesquisa exploratória e explicativa, com levantamentos bibliográficos, questionário aplicado a pilotos e experimento que reproduziu exploratória e explicativa, comprova a importância do treinamento de entrada inadvertida em condições meteorológicas de voo por instrumento para pilotos de helicópteros da PMDF.
Dando continuidade, o artigo intitulado Vitimização e Sobrevivência Policial: uma análise sobre mortes Violentas de PM’s do DF, o autor Eric Rodrigues de Sales, busca apresentar um diagnóstico sobre os óbitos de policiais militares, traz à baila um comparativo sobre as ocorrências acontecidas em plena atividade policial e quando o militar está no período de folga. É um estudo de abordagem tanto quantitativa quanto qualitativa, em que o autor, com base nos resultados fúnebres, propõe adoção de medidas no intuito de fomentar uma melhor capacidade de resposta e sobrevivência dos agentes estudados.
Passando ao quarto texto desta edição, Nataniel Anderson Carvalho de Sousa, aborda o tema Evolução da educação na PMDF e suas implicações na lavratura de TCO. Inicialmente, o autor destaca sobre a necessidade de formar uma polícia mais preparada, capacitada e cidadã. Em seguida, propõe uma análise a partir da mudança do nível de escolaridade para ingresso na PMDF e o correto exercício da atividade policial militar. Assim, o autor através de revisão bibliográfica e pesquisa de campo no Departamento de Gestão de Pessoal e no Departamento de Controle e Correição da PMDF, apresenta o impacto que a inclusão do requisito de nível superior gerou nos registros de APF na corporação.
Por fim, encerrando esta edição, Adriano Teles da Silva, apresenta seu artigo – Emprego de informante confidencial na Atividade de Inteligência – uma análise sobre o emprego de informantes confidenciais nas operações de inteligência policial militar. O autor propõe um questionamento a respeito da existência no Brasil e no Distrito Federal de amparo legal e normativo que possibilitem o emprego de informantes como técnica de ação de busca. Para responder a essa pergunta, o autor por meio de uma investigação documental do tipo bibliográfico, identificou que as instituições policiais brasileiras, em geral, ainda carecem de normativos legais. O trabalho é precursor e traz possibilidades de pesquisas sobre o assunto que desencadeiam novos estudos dentro do tema.
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